domingo, 23 de outubro de 2011

Dois cafés e a conta

Era engraçado ver como o tempo havia passado. Por fora, você havia mudado. Por dentro, eu nunca saberia. Já de mim, eu falava das mudanças interiores. Enquanto por fora, era ainda igualzinha. Tudo bem, ainda era tímida e desajeitada. Pois se não ficasse vermelha (roxa, azul, quem sabe) e não deixasse cair o café um pouquinho que fosse, definitivamente não seria eu. E falávamos da vida. Da vida de agora e alguns flashes da de antes. E eu ria. E te fazia rir com as coisas mais bobas que fossem. Andaria pelas ruas do Leblon quanto tempo quisesse. Porque o tempo, na verdade, nunca andava no seu ritmo normal quando eu estava com você. Saía correndo tresloucado, como se tivesse raiva da nossa descontração. E era assim. Em algumas horas era impossível eu te contar todos os detalhes do que eu pensava agora.
Todo mundo espera muito de sábado à noite. E eu não esperava muito mais do que um bom papo como aquele. 
Mas, se tivéssemos tempo pra uma cerveja, eu faria um brinde.
A você, todo o meu carinho.
E a mim, mais doses de maturidade como as que a vida vinha me oferecendo.

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