domingo, 16 de outubro de 2011

Esconderijo

Eu não queria voltar por nada. A chuva de São Paulo, os cimentos de São Paulo e o movimento de São Paulo nunca foram tão acolhedores, tão o meu lugar. Aí eu penso direito e vejo que o meu lugar, atualmente, poderia ser também Guaporé, Timbaúba, Conchinchina ou Paris. Qualquer lugar que não fosse minha casa, e que não tivesse os trejeitos da cobrança. Eu poderia ficar aqui, tranquilamente, existindo. Invisível, longe desse mundo um pouquinho que fosse. Talvez só sobrasse meu interior para estar à vontade. E aí eu vejo que nem aqui dentro eu vou dormir tranquila. Definitivamente, meu corpo não era o melhor lugar para estar agora.

No fim das contas eu não estou em lugar nenhum. Me escondi por aí e não faço a menor ideia de onde eu possa estar andando.

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