segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Prometo

Caí no grave erro de basear meus dias em nós. Ando olhando pros lados pra ver se vejo em algum rosto bonito uma coisa qualquer que me lembre o seu. Logo eu, que sempre gostei de falar sobre felicidade, esqueci que ela mora em mim e que não é preciso buscar longe. Prometi, então, voltar a me enxergar direito. Sacudir a poeira daqui de dentro e viver as 24 horas de cada dia do jeitinho que Deus fez mesmo: sem dar dicas sobre o amanhã. Aqui está, então, a minha primeira (e tardia) promessa para 2015: jamais me abandonar de novo. 
Sei onde te encontrar e sei, também, que você gosta de me ver sorrindo. Há quase um mês eu troquei o sorriso por um semblante preocupado e ansioso, que intriga quem me vê e gera dúvidas sobre o que de fato aconteceu. Pois aí está a resposta: esqueci, por descuido mesmo, dos outros mil motivos que tenho pra ser feliz. Deixei de lado dias inteiros pra me concentrar numa tal distância que não posso vencer. E numa saudade que, por mais que aperte o peito e dê nó na garganta, nunca virou uma perda. É hora de se acalmar. Hora de olhar pra dentro e checar novamente a grandeza que existe aqui. De tirar o peso que eu mesma coloquei nas costas e escolher a leveza no lugar. Sim, pois posso escolher. Posso fazer muito mais do que estou fazendo agora. A gente prometeu se esforçar né? Então será isso. 
Vou ser mais leve. Mais solta. Mais eu. E, quando for a hora, te espero aqui com o coração aberto, pra vivermos os dias que, em vez de chamar precoce e incansavelmente de últimos, passarei a chamar de únicos. Bem melhor assim.