Fisicamente havia voltado. Mas a cabeça ainda não havia se ajustado completamente. Não tinha facilidade de se apegar a pessoas, a momentos e, muito menos, a lugares. Mas o outro continente a havia encantado. Talvez estivesse mesmo precisando de novos ares. Ver nova gente. Forçar o cérebro a bagunçar o ritmo do sono.
Foi pra lá e voltou apegada. A pessoas, momentos e lugares.
Mas era isso. Sua casa não era lá, seu estudo também não, nem sua vaga do carro e nem o lugar onde tomava café.
Sentada na cadeira, de frente para a imagem projetada de um encéfalo. O caderno e a caneta em mãos. A sala lotada, um murmurinho no canto esquerdo e a cabeça fora de órbita.
"Algumas subdivisões hipotalâmicas estão envolvidas com o controle do ciclo sono/vigília".
Sono, vigília. Sono, vigília. Sono, vigília.
E essa seria sua rotina até que conseguisse voltar completamente.
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