domingo, 18 de julho de 2010

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Cheguei no Rio sem vontade de chegar. O cheiro da casa e a mala por desarrumar vão me situando pouco a pouco no meu lugar, e as perguntas de praxe já me doem os ouvidos: " Como foi o churrasco? Conta aí ! Tinha muita gente? Saíram que horas? ". Nessa hora eu sinto um escrito coçando na testa: " Me deixem quieta. ". É que voltei encomendada pelo cansaço e por uma vontade mais forte que o normal de ficar sozinha. Engraçado como aqui em casa isso é a coisa mais estranha do universo e sinônimo direto de mau-humor. Então, entrei no quarto e exerci meus direitos invioláveis de ser cansada e só querer comer uma maçã e dar uma bela espreguiçada na cama.
Feito isso, estou aqui. E à vontade, agora, pra dizer que subir lá pro frio foi a melhor coisa que podia me ocorrer neste fim de semana. Faz um tempo que as coisas não caem como uma luva, mas dessa vez foi assim. Não havia nada que eu precisasse mais do que os amigos de sempre, uma boa cerveja e um violão nas mãos de quem sabe (lê-se Dudu). Tudo isso a uma certa distância daqui. E pronto. Deixem-me no meu estado de latência até segunda ordem. Um fim de semana foi o tempo ideal. Ainda mais quando tratamos do frio e minha implicância com ele.

O bom de um momento assim é quando você consegue também transportar a consciência para onde esteja indo. E eu estava precisando mesmo renovar os pensamentos e selecionar alguns pra ficarem por lá. Tento há alguns dias fazer essa faxina na mente, mas muita coisa por aqui já me desagrada. Um enorme passo foi dado então, com 90% de desligamento mental e novos ares pra respirar. Tudo bem, uns pequenos contatos e umas poucas mensagens desnecessárias e ponto final. Fiz ótimo uso da distância e vi como estava com saudade de alguns.

Pondo a cabeça em ordem pouco a pouco, vou acabando com a política isolacionista e curtindo o ritmo da casa. Se continuar assim, eu digo que a semana amanhã começa bem.
Como há muito não começava.

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