Em nome de toda a felicidade, de todo o sorriso que meu rosto estampava agora e das chuvas de verão que tentavam refrescar o Rio, eu aplaudia a vida de pé. Era bom sentir de novo a sintonia. O fluir dos dias na mais perfeita paz e satisfação pelo quanto a vida tinha me acrescentado nesse ano tão atípico. E eu me sentia seguindo à risca o tal clichê "ano novo, vida nova" porque, de fato, me deixava invadir pelo ar de renovação.
E, se você ainda me lê, saiba e lembre que eu devo a você metade de todo o choro e todo o riso desses dias. E que não te falte nunca dias bons e produtivos. Nem carinho. Nem sorriso. Até dor, bem de levinho. Porque não há prazer nesse mundo que se sustente sem a dor.
Dá saudade em mim, confesso. Dói um pouco a sua ausência. Mas é impossível estar vazia com a vida se ajeitando.
Nenhum amor pode ser maior que o amor próprio.
E esse, agora, aflora como eu nunca assisti antes.
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