Ir embora não é traumático como parece. O problema é que, olhando de dentro, parece que é o fim. Pode ser o fim da cena, da trilha, da página. Mas não é o fim do filme, do caminho, do livro. Continue assistindo, caminhando e virando páginas. E verá que ir embora é a forma que a vida encontra de te fazer dar passos. Os passos da vida não são os mesmos que você dá pra não perder o ônibus ou para atravessar a rua. Os passos da vida são maiores. Vêm em forma de mudança. Eles querem ser notados, querem mesmo é provocar. Às vezes eles se confundem com tropeços. Mas acredite, são sempre passos. Maiores, menores, que seja. Não deixe de andar pra frente.
Ir embora de um lugar ou de alguém é permitir que o teatro da vida vá para o 2º ato.
Sem comprometer os aplausos do final.
Tudo que eu precisava ler no momento.
ResponderExcluir(Pode parecer muito aleatório eu comentar as vezes aqui, mas eu realmente gosto do que escreve, é só pra te dar prestígio. Parabéns)
Amei toledoo
ResponderExcluirsuper verdade. Cara, amo o jeito que você escreve, amo metáforas hahaha. Parabens! Medicina ta ganhando uma grande escritora
beijos
Eu sempre achei que a medecina ganha em arte tendo-a como aluna. Adoro seus escritos e adorei esse em particular.
ResponderExcluirHieróglifa
Difícil é conter o frio na barriga ao olhar da coxia e se deparar com uma platéia de desconhecidos, prontos para avaliar meticulosamente cada passo seu.
ResponderExcluirO jeito é respirar fundo e, ao som do terceiro sinal, interpretar com maestria o papel que me foi atribuído, esperando que, ao acenderem as luzes, estejam os sorrisos de satisfação ao menos do autor, do diretor e da produção. Esses, sim, estiveram presentes em todos os ensaios, perdoaram todas as falas esquecidas ou erradas, me deram a chance de repetir as cenas até que eu estivesse preparada para encarar o espetáculo.
Se houver aplausos ao final, os dedicarei a eles.
Você tá escrevendo e pensando cada vez mais bonito. =)
ResponderExcluir