Caí no grave erro de basear meus dias em nós. Ando olhando pros lados pra ver se vejo em algum rosto bonito uma coisa qualquer que me lembre o seu. Logo eu, que sempre gostei de falar sobre felicidade, esqueci que ela mora em mim e que não é preciso buscar longe. Prometi, então, voltar a me enxergar direito. Sacudir a poeira daqui de dentro e viver as 24 horas de cada dia do jeitinho que Deus fez mesmo: sem dar dicas sobre o amanhã. Aqui está, então, a minha primeira (e tardia) promessa para 2015: jamais me abandonar de novo.
Sei onde te encontrar e sei, também, que você gosta de me ver sorrindo. Há quase um mês eu troquei o sorriso por um semblante preocupado e ansioso, que intriga quem me vê e gera dúvidas sobre o que de fato aconteceu. Pois aí está a resposta: esqueci, por descuido mesmo, dos outros mil motivos que tenho pra ser feliz. Deixei de lado dias inteiros pra me concentrar numa tal distância que não posso vencer. E numa saudade que, por mais que aperte o peito e dê nó na garganta, nunca virou uma perda. É hora de se acalmar. Hora de olhar pra dentro e checar novamente a grandeza que existe aqui. De tirar o peso que eu mesma coloquei nas costas e escolher a leveza no lugar. Sim, pois posso escolher. Posso fazer muito mais do que estou fazendo agora. A gente prometeu se esforçar né? Então será isso.
Vou ser mais leve. Mais solta. Mais eu. E, quando for a hora, te espero aqui com o coração aberto, pra vivermos os dias que, em vez de chamar precoce e incansavelmente de últimos, passarei a chamar de únicos. Bem melhor assim.
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