Às vezes, a cabeça precisa de uma pausa. Mas pausa m e s m o. Que honre o nome de ser pausa e não corra perigo de ser confundida com "tempinho" e derivados. A cabeça, em dias assim aleatórios, precisa esquecer de si e dar a outrem aquele peso que carrega todo dia. E, assim, leve como pluma, ela (a cabeça) pode se encher, por um dia que seja, das coisas mais tenras que a vida oferece e que a gente deixa passar como se pudesse resgatar pra viver depois. Como se o dia de sol, a cama macia, a companhia nova ou a reunião de família não tivessem a mais idônea cara de oportunidade-de-ser-feliz.
Pois bem. Prezo pelas pausas. Prezo pela companhia de quem vem pausar comigo. Gosto de agarrar com unhas e dentes o que me traz sorriso na cara e cair de cabeça logo, não pela pouca idade (que nos traz a sensação de urgência da vida), mas pra dialogar com a felicidade, sempre, na mais perfeita sintonia. Não à distância. Não pelo telefone, por carta, por sms. Mas abraçada e embalada num descanso gostoso que só as pausas da mente oferecem pra gente.
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