sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Fim de tarde

De fato, a minha felicidade dos fins de tarde em Ipanema era inegável. Quer dizer, não tínhamos lá muitas preocupações quando nos víamos. Simplesmente, assinávamos nosso contrato de paz e harmonia e íamos curtir o fim do dia como havia de ser. Depois de nossos problemas pessoais diários, como qualquer ser humano que se preze, alguma sintonia se instalava e ríamos juntos de qualquer bobagem dita. Sim, porque eu era espontânea e bem risonha perto de você. 
E não havia cobrança. Só um companheirismo gostoso de se viver, suas ondas e meu bom livro ali por perto. E então o tempo voava. Como se sentisse inveja da nossa descontração, o tempo tratava de correr e, depois, quando eu me via sozinha, uma pontinha de saudade me fazia confusa e feliz.
Gostávamos de samba, de uma boa cerveja gelada, de comida japonesa, de festas e de gente, de praia, de mar e das tardes do Rio.
Alguns pontos se desencontravam, porque coisa perfeita é sempre chata demais.

E então, quieta no meu canto, eu desejava em algum subconsciente desses aí (que a gente não sabe muito bem explicar do que é feito), que você e sua leveza estivessem por perto. E que, enquanto fosse bom assim, eu pudesse tomar minha dose de você e causar alguns sorrisos enquanto fosse capaz. Já que os meus, agora, brincavam no rosto sem que eu nem me esforçasse pra isso.

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