E aí você entende que ainda tem suas próprias pernas. Não está impossibilitado de caminhar sozinho nem doou sua autonomia pra ninguém. Lembra de se colocar de novo em prioridade, de onde nunca deveria ter saído. Lembra também que as dores não são eternas...e, no fim das contas, por trás de todo o drama e choro, você ainda sabe andar sozinho. Tá, talvez falte alguns pedaços, talvez seja um esforço descomunal. Talvez, no início, seja só mecânica mesmo essa coisa de seguir em frente. Mas funciona. De algum jeito vai.
De algum modo você entende (duvidando muito, mas entende) que o coração não parou e você ainda é dono de si próprio.
Nessa hora é que a vida se sente segura, finalmente, pra mostrar as surpresas que ainda guarda pela frente.
E dá seguimento ao seu processo de cura.
Te provando, mais uma vez (porque você teima em esquecer), que nada que aconteça com você vai, um dia, conseguir ser maior que a imprevisibilidade da vida e a sua admirável capacidade de auto-renovação.
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