Sim, eu sei que a saudade aperta quando a gente tá longe. Eu conheço a saudade. Nós já conversamos...já até perguntei a ela se não podia aliviar a barra às vezes. Mas ela, esperta como sempre foi, se disse essencial, e falou ainda que apesar de devastadora, é ela que mantém de pé esses amores que de vez em quando tropeçam por aí. Mas você, meu bem, não tem me deixado muito ser amiga da saudade de uns tempos pra cá. Você fez ela crescer tanto que me deixou pequenininha com minha máscara de resistente-e-imune-a-essas-sensibilidades-e-frescuras e me fez sentir sua falta como uma criança sente falta dos pais quando viajam, do cobertor especial, da bagunça na cama dos pais e dessas coisas mil que constroem nossa vida. Mas, não somos crianças, meu amor. Sei que logo você chega. E quando eu te encontrar, a saudade trata de te explicar também que diabos ela estava tramando esse tempo todo. Afinal, dois ímãs deixam de se atrair quando se aproximam depois que um longo afastamento? Que nada.
A Paraíba tem amanhecido com cada sol, que você não imagina.
Mas perde pro verão no meu sorriso. Só esperando você chegar aqui.