De madrugada, um pouco antes do sono, naquela hora em que os pensamentos tomam a cabeça no silêncio da casa dormida. Ela toma um susto com o celular. Ele já estava se preparando há horas.
Ele: - Eu cansei de esperar. Tentei falar, tentei mudar tua cabeça, tua impaciência por mísera coisa. Mas você não me deixou mover um dedo sequer. Então, preciso ir embora, pra começar a acordar.
Ela: - Eu entendo. Isso não me agrada muito. Mas entendo.
- Não precisava ser assim. Desaparecer. Dá pra deletar gente?
- Não precisa. Tem como consertar as coisas.
- Eu acabo de desistir de te entender. Ficou no silêncio repentino, enquanto eu tentava te trazer de volta. Então quando finalmente entendo o recado e resolvo tentar esquecer, você vem com um discurso diferente. Escolha! Ou você é toda ódio, ou você é toda amor!
- Digamos que eu esteja lá no meio. Naquele estágio em que a cabeça se afasta. E o coração teima a ficar.
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