Então, deixa eu explicar.
Tinha uma luz. Veio do nada. Aí crescia. Todo dia, todo dia.
Em um dia desses todos, a luz começou a ofuscar. Era linda. Mudava de cor!
Então, eu vi que tinha ficado cega. Não pra luz. Pra todas as coisas em volta.
Sim, cegueira seletiva. Tudo sumiu. Menos a luz.
Aí, a cegueira não me incomodava. Pelo contrário. Me fazia sorrir. Igualzinho pintura moderna. Tem um bando de tinta, um risco lá, um risco cá, um buraco negro, uma flor no canto, uma assinatura em garranchos, e a tua dúvida do que aquilo significa. Sabe o que vem depois? O sorriso! Não entende nada, mas sorri. Um sorriso arrancado. Que sai pra você fazer as pazes com a obra.
Sim, voltando. Eu seguia a luz porque além dela tinha uma voz. É, uma voz que ganhou minha confiança num segundo. Então agora temos: a luz, a cegueira e a voz. Eu só seguia. E só sorria. Doses mais fortes eu fui precisando. E sabe o que o proprietário da luz fez? Um dia resolveu apagar. Como se fosse um " você não pagou a conta". Só sei que desde esse dia até hoje, eu só recuperei a visão do olho direito. O esquerdo tá voltando, mas ainda é complicado.
Até hoje me pergunto que diabos ocorreu.
Mas que vazio que dá de não tê-la mais por perto. Pego a mochila, meu orgulho e a garrafa d'água. Hoje sou eu que apago luzes. Hoje sou eu que aprendi a calcular a cota. Por fim, quando menos espero, me aparece um jardim. E eu começo a sentir vontade de seguir o beija-flor. É luz disfarçada? É voz enganosa? É não, é vida, é dia, som, cheiro, cor, é certo.
Eu quero que a luz e tudo mais vá pro inferno.
e aee luiza, po valeu pelo elogio. comecei a pouco tempo e to empolgadão de escrever hehe
ResponderExcluirgostei muito do teu blog tambem, virei seguidor.
beijos
:)
ResponderExcluirApesar de não ter entendido chongas do que é a luz, eu gostei do texto, ainda mais do "você não pagou a conta" hahaha
ResponderExcluirBeijos! Ass: Lênin