segunda-feira, 11 de abril de 2011

Movimento

Sempre que penso em liberdade, imagino coisas em movimento. Sim, a liberdade me remete à cinética. Não sei dizer ao certo por que essa ideia sempre perseguiu a minha cabeça. Espere, aí vai mais um indício. Viu? O movimento é tamanho que nem os pensamentos conseguem congelar 1 segundo aqui na cabeça para que eu possa explicar a você que diabos de ideia é essa de liberdade ser movimento. E que frase mais longa e sem pausas foi essa minha que mais parece que sai correndo antes que você possa terminar de ler. 

Já que não sei escrever o motivo pelo qual tenho tal imagem da liberdade, vou deixar que caiam aqui algumas cenas que me ajudem. 

Cabelo solto ao andar de bicicleta. Mão pra fora do carro na viagem da estrada. Correr pro mar pra furar uma onda. Rabiscar um papel branco até rasgar. Jogar balde de tinta na parede. Cantar alto quando toca a sua música. Banho de cachoeira. Um chute sem direção. Um pulo de pára-quedas. Rasgar blusas. Subir num impulso pra superfície depois de muito tempo prendendo o fôlego. Apostar corrida até a cozinha. Levantar a pessoa que você está abraçando. Andar pulando a parte preta do chão. Folhear um livro novo em 2 segundos e sentir o cheiro dele. E ter vontade de dançar no meio da rua a música que o mundo paralelo dos seus fones do iPod transmitem no volume máximo...

Liberdade cineticamente gostosa essa que tenho em mim.


4 comentários:

  1. Para mim remete à decisão, escolha... Talvez uma forma indireta de expressar a liberdade.
    Bom texto!

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  2. Ta aí!

    Um outro tipo de liberdade completamente essencial. E que não remete aos prazeres sensoriais!

    : )

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  3. http://www.youtube.com/watch?v=e4uTEhDqa_s

    Isso te dá liberdade?

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  4. Já para mim remete em deixar de ser escravo de si mesmo.

    Parabéns pelo texto.

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