E quando eu parava pra olhar; quando parava um pouquinho pra notar o presente em vez de tentar adivinhar o que ainda está por vir; quando me acalmava e me deixava levar pelo que vida me dava agora, aí sim sentia o calor da felicidade invadir o corpo. Que nem criança distraída ou ansiosa como só eu sei ser, às vezes me perco olhando o mundo, olhando pra fora da gente e olhando tudo o que me tenta nessa idade e nesse chão. E então, depois de passar o olho em cada detalhe, de analisar o que poderia ter sido se não fosse isso, de revirar a cabeça com " e se, e se, e se", eu olhava pra você e pro seu olho clareando no sol do Leblon, e ouvia baixinho aquela música que a gente gosta : "olhar nos olhos de alguém e conseguir dizer: estou feliz."